No dia 6 de junho, foi realizada na capital amazonense uma importante palestra com o médico e democrata Sayid Tenório, representante do Instituto Brasil-Palestina, para o lançamento de seu livro na cidade. A atividade lotou o auditório da universidade e reuniu dezenas de estudantes, professores e ativistas políticos locais. 554s5h
O evento foi organizado pela Aliança pela Libertação da Palestina – Manaus e contou com o apoio do Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia de Manaus, a ADUA, o ANDES, a Executiva Amazonense de Estudantes de Pedagogia e a Comunidade Árabe Palestina do Amazonas. Representantes de algumas dessas organizações chegaram a compor a mesa junto com Tenório.
Em sua palestra, Tenório abordou todos os aspectos da questão Palestina de um ponto de vista histórico, político e social, trazendo os momentos chaves da história palestina antes, durante e depois da Nakba. O livro, “Palestina: do mito da terra prometida a terra da resistência” foi vendido às dezenas e todos pegaram autógrafos do autor após a palestra.
O companheiro Júlio, dirigente do Movimento de Luta dos Trabalhadores Independentes – MLTI, maior movimento por moradia da cidade de Manaus, fez uma combativa fala após a palestra, defendendo a resistência e afirmando que ele mesmo possui sangue palestino.
Em entrevista exclusiva ao correspondente local do AND, uma representante da Executiva Amazonense de Estudantes de Pedagogia afirmou que: “A Executiva se juntou ao evento para ajudar na organização por entender a importância da realização dele e pra firmar laços com o movimento pró-palestina, deixando claro a nossa disposição para colaborar em eventos posteriores, além disso, foi uma ótima oportunidade de formação política para os membros da ExAmEPe”.
Já Rita, uma das dirigentes da Aliança Pela Libertação da Palestina – Manaus, ao conversar com o correspondente local, contou um pouco sobre a iniciativa do evento e das futuras mobilizações.
“Em pleno século XXI, estamos assistindo a um genocídio televisionado contra o povo palestino. Este evento foi um espaço de reflexão crítica e aprofundamento histórico sobre a ocupação da Palestina por 77 anos. (…) Diante dessa carnificina e covardia dos líderes de países árabes e países ocidentais, inclusive do silêncio inaceitável de grande parcela da esquerda, a universidade federal do Amazonas, enquanto espaço de construção do saber e promoção da justiça, tem papel fundamental e intransponível na denúncia de violações gravíssimas de direitos humanos e na defesa da autodeterminação dos povos.”
A ativista completa afirmando que: “A aliança pela Libertação da Palestina – ALP/Manaus não tem medido esforços para lançar luzes sobre o maior massacre de civis no século XXI e clamar pelo boicote acadêmico, econômico, político e militar a Israel. O governo brasileiro precisa sair das notas de repúdio e cortar qualquer relação diplomática com um ‘estado’ fabricado genocida”.