RO: Estudantes da UNIR fazem ‘catracaço’ contra condições insalubres do Restaurante Universitário 5k6z59

RU da Unir tem o preço mais alto da região Norte, mas serve comida em condições insalubres.
Mobilização denunciou péssimas condições da comida servida apesar dos altos preços. Foto: AND

RO: Estudantes da UNIR fazem ‘catracaço’ contra condições insalubres do Restaurante Universitário 5k6z59

RU da Unir tem o preço mais alto da região Norte, mas serve comida em condições insalubres.

No Dia Nacional de Luta contra os Cortes de Verbas, celebrado em 5 de junho, a Universidade Federal de Rondônia foi palco de uma manifestação organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), com o apoio dos centros acadêmicos de Letras-Inglês, Pedagogia, Geografia, Psicologia, Medicina e da Executiva Rondoniense de Estudantes de Pedagogia (ExROEPe). O ato ocorreu em frente ao Restaurante Universitário (RU), onde os estudantes reivindicaram melhorias nas condições insalubres do local. Como forma de protesto, após a mobilização, os manifestantes realizaram um “catracaço”, servindo mais de 200 refeições gratuitas, servidas pelos próprios alunos. 4fn26

Desde que a empresa PUPO assumiu a istração do Restaurante Universitário, o local tem sido alvo de diversas denúncias relacionadas à qualidade das refeições e à segurança alimentar. Apesar de manter o preço mais alto da região Norte do país – R$2,25 no café da manhã, R$3,35 no almoço e R$3,13 no jantar – o restaurante enfrenta críticas crescentes sobre as condições do serviço prestado.

No dia 3 de dezembro de 2024, o Fórum de Acompanhamento do RU realizou uma reunião, tendo como pauta principal a finalização do contrato entre a Universidade Federal de Rondônia e a empresa PUPO. Ficou definido que, em 19 de dezembro de 2024, o contrato entre as partes será oficialmente encerrado. Além disso, foi emitido um pedido para a contratação emergencial de uma nova empresa, que atuaria provisoriamente até a conclusão do processo de licitação e a divulgação de um novo edital. No entanto, até o momento, nenhum edital foi publicado, deixando a istração do RU sob responsabilidade da PUPO.

Relatos recentes de estudantes têm encontrado objetos inadequados e contaminantes nos alimentos, como pregos, fio dental, porcas de parafuso, larvas, pedaços de barata, moscas e pedras. Em alguns casos, a má qualidade da comida resultou na hospitalização de alunos por infecção alimentar. 

A manifestação teve início pontualmente às 12h, liderada pelo DCE, que proclamou palavras de ordem enquanto seguia até a frente do RU. No local, foi estendida uma faixa da ExROEPe, com a mensagem: “Contra os cortes na educação: Greve geral de ocupação!”, acompanhada pelas bandeiras dos Centros Acadêmicos. A dirigente geral do DCE tomou a frente, discursando ao megafone para esclarecer o propósito da mobilização, onde foi totalmente apoiada e aclamada pela massa. Em um movimento coordenado, os manifestantes abriram as portas do restaurante, removendo a barreira de fita e permitindo que os estudantes entrassem sem pagar. Durante a ocupação, explicaram aos trabalhadores do RU o objetivo do protesto, recebendo apoio imediato. Os próprios alunos se dirigiram ao buffet e assumiram a responsabilidade de servir o almoço à comunidade acadêmica.

Durante o protesto, mais de 200 refeições gratuitas foram servidas a estudantes e trabalhadores, reforçando o compromisso dos manifestantes com a causa. A mobilização foi marcada por expressivo apoio da comunidade acadêmica.

Às 13h30, os manifestantes se dirigiram à Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (PROCEA), onde o Pró-Reitor assinou um documento formalizando compromissos cruciais para solucionar os problemas denunciados. Os pontos abordados incluem:

  1. A apuração das irregularidades, tendo essas (seja previamente a este documento ou posteriormente a ele), aplicará uma multa equivalente;
  2. Publicar o edital de licitação para novas empresas concorrerem à istração do R.U. dentro do prazo de 15 dias corridos a partir da data de hoje;
  3. Através do Fórum de Monitoramento do R.U., audiências e consultas para discutir e elaborar a Ata de Regimento do R.U. com os três setores (professores, técnicos e estudantes) e os trabalhadores terceirizados de forma ampla, transparente e democrática;
  4. Não perseguir ou punir estudantes, funcionários terceirizados, visitantes, funcionários da empresa PUPO ou professores que tenham participado ou apoiado a manifestação, seja de forma direta ou indireta.
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