Rede trilhas despreza memória indígena e história do Peabiru 1q23e

Rota do Caminho Peabiru é documentada em estudos científicos, mapas e na memória guarani.
Indígenas Guarani-Kaiowá do MS, estado por onde Caminho do Peabiru também ou. Foto: Reprodução

Rede trilhas despreza memória indígena e história do Peabiru 1q23e

Rota do Caminho Peabiru é documentada em estudos científicos, mapas e na memória guarani.

“A Rede Trilhas não tem compromisso com o traçado correto do Caminho do Peabiru; até porque ninguém sabe qual é o percurso verdadeiro”. A afirmação, revelando descompromisso e irresponsabilidade frente ao público praticante da atividade trilheira, foi feita por um dos dirigentes da Rede Brasileira de Trilhas (RBT), Pedro da Cunha e Menezes, em live realizada no último dia 15. 1f504w

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live da noite de quinta-feira transmitida pela internet contou com membros da diretoria da RBT, inclusive com o presidente da entidade Júlio Meyer.

“Então isso quer dizer que a Rede não assume mostrar os dados históricos e geográficos autênticos aos praticantes de suas trilhas?”, questionou a jornalista Rosana Bond, que pesquisa o Caminho do Peabiru há 30 anos. “Como os turistas, esportistas, pessoas ecológicas, alunos e professores de todas as idades vão confiar nos informes oficiais sobre as maravilhosas trilhas do país se a RBT lava as mãos sobre suas próprias trilhas sinalizadas?”

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Rota do Caminho do Peabiru. Foto: Reprodução

“Ele alegou que o não-compromisso com o traçado correto é porque ‘ninguém sabe o percurso verdadeiro’, mas isso é uma mentira deslavada”, diz Rosana Bond. “Basta ler os livros e as reportagens da mídia, navegar na internet, para saber que existe farta documentação e mapas que mostram o percurso do Peabiru em SP, PR e SC. Pra quem tem vontade, é fácil pesquisar e se esclarecer sobre o assunto.”       

“Além disso, no que toca a SC, os indígenas guaranis também guardam na memória a rota do seu Caminho sagrado. É preciso respeitar e ouvir.” 

RBT é uma escorregada repetida? 381p1q

Não é a primeira vez que a Rede sai do rumo e escorrega cientificamente ao tratar do Peabiru. Meses atrás, novembro 2024, estudiosos de universidades e entidades indígenas divulgaram à SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ANPUH (Associação Nacional de História), Ministério do Turismo, Ministério Meio Ambiente e M. Climática uma Nota de Preocupação sobre a Rede Brasileira de Trilhas. Esta foi publicada por AND e também pela UFSC/Inst.de Estudos Latino-Americanos (IELA).

Entre outros itens a Nota criticava a de um Protocolo de Intenções para o Desenvolvimento do Caminho do Peabiru da RBT com os governos de S. Paulo, Paraná e S. Catarina, todos os 3 bolsonaristas e envolvidos em denúncias de graves equívocos peabiruanos.

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