O regime israelense bombardeou bases militares e nucleares em um novo ataque ao Irã nesta sexta-feira (13/06), menos de 24 horas depois de ter assassinado 78 pessoas e ferido mais de 300 com bombardeios em alvos militares, científicos e residenciais no território iraniano na noite do dia 12 de junho. Entre os assassinados estão civis, comandantes militares e cientistas nucleares. Teerã classificou a ofensiva sionista como uma “declaração de guerra” e prometeu responder em larga escala. “Em breve, os portões do inferno serão abertos para esse regime assassino de crianças”, disse o comandante-chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), Major-General Mohammad Pakpour. 45k57
Os ataques do dia 13/06 atingiram um aeroporto militar em Trabriz, no noroeste do Irã, e a usina nuclear de Natanz. Ao todo, o Estado sionista atingiu cerca de 100 alvos iranianos desde ontem à noite. Entre as pessoas que foram assassinadas pelo regime israelense, estão:
- o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Hossein Baqeri;
- o comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica;
- major-general Hossein Salami;
- o comandante do quartel-general central de Khatam al-Anbia do Irã;
- major-general Gholam Ali Rashid;
- pelo menos seis cientistas nucleares.
Um comandante israelense afirmou que o ataque não foi uma “operação”, mas sim uma “guerra planejada”. “Estamos em um evento histórico. Isto não é uma operação, é uma guerra planejada, a 1.500 quilômetros de Israel”, disse um oficial do exército israelense a repórteres na noite de sexta-feira.
Apesar de a ofensiva ter partido de Israel, a declaração de guerra é uma expressão de fraqueza do regime sionista, atualmente acossado em múltiplas frentes de guerra por conta da própria política belicista e de ocupação contra os países árabes vizinhos.
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Israel sofrerá uma “dura resposta” e um destino “amargo e doloroso”, prometeu o líder iraniano, Aiatolá Ali Khamenei. “Com este crime, [Israel] preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo, e inevitavelmente o enfrentará. Deve aguardar punição severa, pois o poderoso braço armado das forças armadas da República Islâmica do Irã não o deixará em paz”, jurou. A promessa começou a ser cumprida com o envio de 100 drones na manhã do dia 13/06.
No território iraniano, milhares de trabalhadores foram às ruas do país, sobretudo em Teerã, para exigir uma dura resposta ao regime sionista. Paralelamente, militares do país persa mobilizados para a defesa do país anunciaram terem abatido um jato israelense, segundo o portal Resistance News Network.
Esse é só o começo. O Irã está preparando o “maior lançamento de mísseis da sua história” em retaliação ao ataque sionista, informou o jornal libanês The Cradle. No meio da tarde, uma coletiva do porta-voz militar sionista foi interrompida por um alarme de alerta total. O Irã tem um claro direito à autodefesa por ter tido sua soberania nacional violada.
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A República Iraniana e as massas populares do país não estão sozinhas na resposta ao Estado genocida de Israel.
Enquanto o Irã preparava sua retaliação, as Forças Armadas do Iêmen dispararam uma série de mísseis contra o território ocupado de Israel, levando alerta geral por sirenes à área da Jerusalém ocupada.
Desde a Palestina, várias organizações da Resistência Nacional se solidarizaram com Teerã e prometeram continuar na luta armada contra a entidade sionista.
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O Estados Unidos (EUA) estava ciente do ataque, segundo um depoimento do presidente ultrarreacionário Donald Trump à agência de notícias Reuters. Antes mesmo do ataque ocorrer, a cúpula do imperialismo norte-americano fez uma reunião de emergência do governo e ordenou a retirada de tropas da embaixada do Iraque, Bahrein e Kuwait, citando “altos riscos de segurança”.
A rede de notícias Axios informou que, de acordo com Israel, “todas as ações foram coordenadas com Washington”, e que duas autoridades israelenses informaram a repórteres que Trump e seus assessores apenas fingiram em público se opor ao ataque israelense, enquanto em particular concordavam com o objetivo. “Tivemos sinal verde claro dos Estados Unidos”, afirmou um dos sionistas.
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O imperialismo norte-americano está desesperado com a possibilidade de se tornar um alvo do Irã. O secretário de Estado norte-americano Marco Rubio disse em rede nacional que “o Irã não deve atacar os interesses ou o pessoal do EUA”.
Ele também defendeu que o EUA “não estão envolvidos em ataques contra o Irã e que nossa principal prioridade é proteger as forças [norte-]americanas na região”, embora vários indícios digam o contrário e o próprio presidente Trump dê indícios de que liberou o ataque. “Há dois meses, dei ao Irã um ultimato de 60 dias para ‘negociar’ [o acordo nuclear entre EUA e Irã]. Eles deveriam ter feito isso! Hoje é o 61º dia. Eu disse a eles o que fazer, mas eles não conseguiram”, disse o mandatário ianque, na rede social Truth Social.
Questão nuclear 2p1m1l
A declaração de Trump deixa claro que o ataque tem relações com os planos do imperialismo norte-americano de barrar o desenvolvimento nuclear do Irã, o que se trata de um intervencionismo ilegal no legítimo direito à autodefesa do país persa. A questão nuclear no Irã é um tópico de autodefesa. O país é constantemente agredido pelo Estado sionista de Israel e ameaçado pelo EUA – ambos países com potencial nuclear.
O ataque sionista ocorreu na mesma semana das reuniões do conselho de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, onde imperialistas do EUA, Reino Unido, França e Alemanha aprovaram sanções ao avanço do programa nuclear iraniano.
Eles acusaram o Irã de violar os termos do acordo nuclear assinado em 2015 com o presidente ianque Barack Obama, mas, na verdade, Trump foi o primeiro a abandonar o acordo em uma decisão unilateral em 2018. Foi depois disso que o Irã, sem mais amarras, desenvolveu seu programa nuclear.
Uma nova rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano envolvendo representantes de Washington e Teerã estava prevista para domingo, em Omã.
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A mais nova violação à soberania nacional do Irã tem o potencial de fazer a guerra se alastrar pelo Oriente Médio, abrindo uma nova frente de guerra entre o país persa e o Estado sionista de Israel, apoiado pelo imperialismo norte-americano.
Nesse caso, o Irã aria a ser mais uma nação agredida pelo imperialismo norte-americano, somando-se diretamente na Frente Anti-Ianque no Oriente Médio.