Investigações fecham o cerco a Bolsonaro, mas não por seus verdadeiros crimes 6w203n

No dia 11, uma nova operação policial fecha ainda mais o cerco contra Bolsonaro. Os investigadores tiveram como alvos o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti (assessor de Bolsonaro) e Frederick Wassef (advogado do ex-presidente), e descobriram fortes indícios de envolvimento do capitão do mato.
Cerco se fecha a Jair Bolsonaro em investigações de jóias. Foto: Isac Nobrega/PR

Investigações fecham o cerco a Bolsonaro, mas não por seus verdadeiros crimes 6w203n

No dia 11, uma nova operação policial fecha ainda mais o cerco contra Bolsonaro. Os investigadores tiveram como alvos o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti (assessor de Bolsonaro) e Frederick Wassef (advogado do ex-presidente), e descobriram fortes indícios de envolvimento do capitão do mato.

No dia 11, uma nova operação policial fecha ainda mais o cerco contra Bolsonaro. Os investigadores tiveram como alvos o general Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti (assessor de Bolsonaro) e Frederick Wassef (advogado do ex-presidente), e descobriram fortes indícios de envolvimento do capitão do mato. 583u32

Foram descobertos esquemas em que relógios de luxo eram vendidos pela trupe. Um deles foi vendido pelo pai de Mauro Cid, general Mauro Cesar, e depois foi recomprado, no dia 14 de março de 2023, pelo advogado de Bolsonaro, Wassef, após o Tribunal de Contas da União (TCU) exigir que o mesmo reaparecesse, sob pena de incriminar Bolsonaro. Após readquiri-lo, no dia 2 de abril, Wassef viajou para São Paulo e entregou em mãos ao general Mauro Cesar, que rapidamente reou ao segundo-tenente Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro e ex-assessor de Villas-Boas. As investigações apontam que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da presidência foi sistematicamente usado para “desviar, ao acervo privado, presentes de alto valor, mediante determinação” de Bolsonaro, e operado por generais e outros oficiais do Exército. Os fatos indicam, fortemente, que Bolsonaro realmente tornou-se um camelô de artigos de luxo roubados, operando por militares de alta patente.

Parece que a corrupção é tendência de família, no caso dos Cid e nos inúmeros da família Bolsonaro. Sobre tais jóias, as investigações ainda apontam que Renan Bolsonaro – o 04, teria retirado objetos de valor do acervo presidencial com autorização do pai. Há ainda fortes indícios de ree de milhares de dólares em espécie, para não levantar suspeitas.

Esse, todavia, não é um desvio de caráter de Bolsonaro e seus chegados, mas sim, é o próprio reflexo da natureza dessas Forças Armadas, historicamente chafurdadas na corrupção – só se diferenciando das demais instituições por serem mais cautelosas na arte de esconder seus malfeitos. No regime militar, não faltaram exemplos, como o famoso caso “Lutfalla” envolvendo o governo Geisel e a família do velho conhecido Paulo Maluff.

Todavia, nas recentes descobertas, chama a atenção a relação de Mauro Cid, ex-capacho de ordens de Bolsonaro com Paulo Figueiredo Filho, neto do último presidente do regime militar fascista João Figueiredo. Os recentes vazamentos mostram que Paulo Figueiredo Filho foi um dos artífices de uma campanha de desmoralização dos generais do Alto Comando das Forças Armadas que resistiram à ideia de embarcar na ruptura institucional naquele momento, após as eleições de 2022. Tal campanha ocorreu após a reunião do ACFA, agitada pelo general Walter Braga Netto, em que os generais discutiam se era ou não o momento de intervir. Figueiredo Filho, então, recebeu de Mauro Cid os nomes dos generais que teriam sido contra uma ruptura institucional naquele momento e os divulgou, acusando-os de “melância”. Uma vez que Mauro Cid era capacho de Bolsonaro, tudo indica ter sido sob ordens do mesmo (ou não?). Todavia, longe de serem “legalistas” ou “melancias”, o fato dos generais se reunirem para discutir se havia chegado a hora de intervir apenas nos dá uma certeza: que todos eles são convictos de que algum dia intervirão, só divergindo quanto ao momento e ao método. São, portanto, de Bolsonaro aos pretensos “legalistas”, golpistas todos.

Por fim, chama a atenção como a dita “justiça” burguesa se torna leniente e morosa com a extrema-direita e o Alto Comando militar. Não faltam indícios e até provas de que todos eles conspiraram por um golpe de Estado, ainda que divergindo quanto ao método e ao momento de fazê-lo. Não há dúvidas de que os generais estão chantageando a Nação e impondo sua vontade ao País; tampouco há dúvidas da conspiração bolsonarista. No entanto, Bolsonaro e os oficiais estão sendo acusados de serem camelôs de artigos de luxo, roubados na mão grande. Os seus crimes verdadeiramente sérios, sequer estão no monopólio de imprensa. Nem a direita tradicional, nem o governo oportunista querem ter atritos com os generais, que seguirão impunes.

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