Colômbia: Fracassam os ‘acordos de paz’ de Gustavo Petro e capituladores 1k21k

Petro declarou a suspensão do "cessar-fogo" com as Farc-EMC em quatro províncias do país
Petro falha cabalmente em aplicar plano de "paz total" na Colômbia. Foto: AP Photo/Ivan Valencia

Colômbia: Fracassam os ‘acordos de paz’ de Gustavo Petro e capituladores 1k21k

Petro declarou a suspensão do "cessar-fogo" com as Farc-EMC em quatro províncias do país

No dia 22 de maio, o presidente oportunista da Colômbia Gustavo Petro declarou a suspensão do “cessar-fogo” com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Estado Maior Central (Farc-EMC) em quatro províncias do país. A decisão foi tomada no contexto de continuação dos conflitos armados pela terra no país e é mais um sinal da falência cabal do farsesco plano de Petro para implementar a chamada “paz total” no território colombiano.  5i641e

O anúncio oficial de Petro ocorreu após a morte de quatro indígenas na província de Putumayo, supostamente após conflitos com combatentes das Farc-EMC. A suspensão do “cessar-fogo” é válida para os distritos de Putumayo, Caquetá, Guaviare e Meta. O cessar-fogo com as Farc-EMC havia sido declarado em 31 de dezembro de 2022, junto com o suposto acordo bilateral de armistício com o Exército de Libertação Nacional (ELN). O último foi negado pela organização por meio de declarações e operações guerrilheiras que impam duras derrotas ao velho Estado colombiano.  

Objetivamente, os “acordos de paz” de Gustavo Petro e capituladores da guerrilha nunca se mostraram eficazes para resolver os conflitos na Colômbia, originados e impulsionados pela concentração de terras nas mãos do latifúndio e pela repressão generalizada contra o campesinato. Vendo o desmoronamento da sua campanha de desarme dos camponeses organizados em guerrilhas e completamente desmoralizado frente às massas, o governo de Petro busca agora elevar o terrorismo contra o povo. Em sua declaração, Petro afirmou que “todas as operações ofensivas” seriam restabelecidas contra o grupo guerrilheiro dentro de 72 horas. 

As regiões em que a repressão se intensificará foram escolhidas a dedo pelo governo oportunista. Além da forte atuação das Farc-EMC, os departamentos concentram intensa resistência do campesinato, como a massiva rebelião camponesa de Caquetá, em março, que incendiou instalações de uma mineradora chinesa e fez 79 policiais reféns. A permanência da luta armada e as ações espontâneas e organizadas dos camponeses que lutam por todo país é expressão dos anseios das massas por lutar contra o latifúndio colombiano, luta que não cessará até que todas as terras estejam nas mãos do povo.

A verdade, intragável para o desmoralizado Petro e as classes dominantes colombianas, é que nem a via dos farsescos “acordos de paz”, nem o massacre e a repressão contra o povo serão capazes de frear a luta pela terra no país. Esta seguirá pujante enquanto vigorar o latifúndio e a dominação imperialista. 

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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