O Movimento Feminino Popular (MFP), juntamente com o Movimento Classista dos Trabalhadores da Educação (MOCLATE), realizou uma atividade em uma escola da rede estadual de Pernambuco, em Petrolina, no dia 10 de março. Nessa atividade, debateu-se a origem histórica do Dia 8 de Março e a importância da luta das mulheres trabalhadoras, além de demonstrar solidariedade à greve das merendeiras, que entraram em greve na rede estadual. A atividade contou com a presença de mais de 70 estudantes do ensino de jovens e adultos. 5e3j55
Nessa atividade, o MFP prestou solidariedade, juntamente com o MOCLATE, à greve das merendeiras das escolas estaduais de Pernambuco, na região, que se iniciou naquele mesmo dia. “As mulheres da classe estão em luta; a categoria das merendeiras é majoritariamente feminina, e seu trabalho é essencial para a escola.” A greve delas é justa e deve ser apoiada”, disse uma ativista, que fez uma contundente intervenção sobre todo o trabalho invisível das mulheres e seu papel para a manutenção do sistema, bem como a relação da propriedade privada com a subjugação das mulheres na história das sociedades de classe, ao que chamou de “quarta montanha”.
A maioria presente na atividade era feminina e vibrou com as intervenções do MFP. Na atividade, foi feita propaganda da revista Nova Aurora, que despertou a curiosidade de muitas estudantes. Um jovem, em uma intervenção, falou: “Não tem como superar a opressão da mulher sem fazer uma revolução contra o capitalismo; ele está na base dos problemas”, demonstrando consciência sobre o tema.
Também, uma senhora de 96 anos, estudante da escola, enquanto comprava a revista Nova Aurora, falou ao nosso correspondente: “Sempre trabalhei na roça na minha vida; homens e mulheres têm que ter igualdade” e pediu para que fossem feitas outras atividades na escola para debater o tema.