Governo federal quer enviar Força Nacional e Marinha para ocuparem o Complexo da Maré 5t49e

O governo federal, por meio do ministério da Justiça, quer enviar tropas da Força Nacional e da Marinha para ocupar o Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro.
Militares reacionários durante ocupação no Complexo da Maré. Foto: Tomas Silva/ Agência Brasil

Governo federal quer enviar Força Nacional e Marinha para ocuparem o Complexo da Maré 5t49e

O governo federal, por meio do ministério da Justiça, quer enviar tropas da Força Nacional e da Marinha para ocupar o Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro.

O governo federal, por meio do ministério da Justiça, quer enviar tropas da Força Nacional e da Marinha para ocupar o Complexo da Maré, conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada sob a justificativa de “guerra ao crime”. Na manhã de 28 de setembro, o governador assassino e terrorista Cláudio Castro se reuniu com a cúpula da “segurança pública” – a mesma responsável por três das 6 maiores chacinas da história do Rio de Janeiro – para definir estratégias. Uma vez que os genocidas especialistas em matar o povo pobre definirem os parâmetros para a atuação, o apresentarão ao ministério da Justiça. 5z6ih

Em ocupações anteriores, os militares reacionários não conseguiram resolver a questão da criminalidade e ficaram conhecidos pelo legado extenso de crimes contra o povo e repressão generalizada.

O anúncio de que o ministério do governo de Luiz Inácio oferecerá a participação da Força Nacional na ocupação da Maré foi dado pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, após a veiculação de vídeos que mostravam um “treinamento militar” de traficantes na favela. As imagens foram veiculadas pelo programa reacionário Fantástico, da Rede Globo. “A situação da Maré chegou a um ponto muito grave. Precisa haver uma resposta, e o governo está disposto a ajudar”, afirmou o secretário. 

As imagens registram traficantes em sessões de exercícios físicos e militares e a presença de armas de uso exclusivo do Exército reacionário. Nem o monopólio de imprensa, nem o governo federal de Luiz Inácio ou o estadual de Cláudio Castro – nenhum dos reacionários, enfim – dão respostas aos questionamentos de como as armas desse tipo foram parar nas favelas. Mantém-se intacto, assim, a responsabilidade dos próprios militares reacionários que serão enviados para ocupar o complexo. Outra pergunta sem resposta: quantos agentes venderão armas de uso exclusivo nesta próxima ocupação?

Legado sangrento s245t

Essa não é a primeira vez que a Força Nacional e Marinha serão enviadas para ocupar favelas no Rio de Janeiro. No dia 27 de junho de 2007, a Marinha e a Força Nacional participaram da megaoperação no Complexo do Alemão, que ceifou a vida de 19 pessoas – 11 delas que, comprovadamente, não tinham ligação alguma com o tráfico, além das outras oito que foram chacinadas em execuções injustificadas apesar das ligações ou suspeitas . Em 2010, a Marinha voltaria a ocupar o Complexo do Alemão junto do Exército, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal. 

Reportagem especial de AND, de 2013, repercute denúncias de moradores da favela Santo Amaro contra a Força Nacional

A ocupação, que teve participação do Exército até julho de 2012, também ficou marcada por uma série de crimes contra os moradores e restrição severa de liberdades democráticas. Até as atividades de lazer eram proibidas. Diversas manifestações marcaram o período, com vigorosas demonstrações dos moradores contra a presença das tropas militares. As tropas, claro, também eram usadas para reprimir toda e qualquer mobilização dos moradores contra as chacinas e assassinatos. 

A Força Nacional também participou de operações mais recentes em favelas cariocas. Em junho de 2018, durante a intervenção militar no Rio de Janeiro, uma operação na Maré sob comando e com participação do Exército, Polícia Civil e Força Nacional deixou sete moradores mortos, dentre eles o jovem de 14 anos, Marcos Vinicius da Silva. Os moradores também denunciaram execuções sumárias.

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